
Com discurso afinado contra a aprovação das Medidas Provisórias (MPs)
 664 e 665, trabalhadores de todo país foram às ruas nesta quarta-feira 
(28), denominado Dia Nacional de Luta em Defesa dos Empregos e Direitos.
Em Rio Branco, trabalhadores estiveram reunidos deste às 7h da manhã 
na porta da Caixa Econômica Federal, agência centro. Os dirigentes 
realizaram panfletagem para a população e um carro de som ficou a 
disposição do movimento.
Trabalhadores da Caixa Econômica, em protesto aos rumores de abertura
 do capital da empresa para o setor privado, estavam uniformizados com 
uma camisa de cor preta, onde trazia o seguinte slogan: “Caixa 100% 
pública”. Os funcionários ainda retardaram o atendimento aos clientes e 
usuários por uma hora.
As manifestações foram definidas no inicio do mês pelas Centrais, 
após o anúncio das Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665, que traz 
mudanças nos benefícios sociais: abono salarial, seguro-desemprego, 
auxílio-doença e pensão por morte.
A presidente da Central Única dos Trabalhadores do Acre (CUT-AC), 
professora Rosana Nascimento, também representando o Sindicato dos 
Trabalhadores em Educação do Estado do Acre (SINTEAC) falou da 
importância da atividade para alertar a sociedade dos riscos que as duas
 medidas trazem a classe trabalhadora. Rosana afirmou ainda que é 
preciso a participação dos movimentos sociais nas atividades coordenadas
 pelas centrais, pois somente com apoio popular os direitos trabalhistas
 serão preservados.
Outro a falar durante a atividade e cobrar a preservação dos direitos
 dos trabalhadores na gestão da presidente Dilma Rousseff foi o 
presidente do Sindicato dos Bancários do Acre, Edmar Batistela. Segundo 
ele, as medidas, caso sejam aprovadas no Congresso, prejudicam os 
trabalhadores. O dirigente lembrou ainda que as possíveis mudanças 
reduzem o acesso do trabalhador ao sistema de Seguridade Social.
– Precisamos nos mobilizar para que conquistas de anos de lutas não 
sejam retiradas da classe trabalhadora. Portanto, o governo precisa 
respeitar os acordos firmados, e não pode transferir o ônus da crise 
econômica para os trabalhadores, explica o sindicalista.
CAIXA 100% PÚBLICA
No ato, o presidente Edmar Batista deixou claro que o Sindicato 
continuará levantando a bandeira por uma Caixa 100% pública. Ele alertou
 ainda que a luta pela manutenção de 100% da instituição pública não é 
apenas da categoria bancária, mas também dos movimentos sociais, pois a 
Caixa é uma instituição que tem papel importante na política social e no
 desenvolvimento do país.
DEMAIS PAUTAS
Na pauta também está o veto da Presidência da República ao reajuste 
de 6,5% da tabela do imposto de renda. O reajuste é fundamental para 
manter o ganho real nos salários conquistados nas campanhas salariais. O
 descongelamento da tabela, que durou de 1996 a 2002, foi conquista da 
classe trabalhadora com o objetivo de evitar a corrosão de parte dos 
aumentos reais de salários pelo Leão.
Do Site AC24Horas (http://www.ac24horas.com/2015/01/28/trabalhadores-realizam-protesto-por-direitos-no-centro-da-capital/)
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