Defasagem na tabela do IR pode chegar a 75,43% no fim de 2015
Estudo do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal
(Sindifisco Nacional) mostra que a defasagem na tabela do Imposto de
Renda Pessoa Física (IRPF) pode chegar ao final de 2015 em 75,43%. Para
chegar ao percentual, o sindicato levou em consideração o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 6,79% e a não correção
da tabela.
No Ministério da Fazenda, evita-se falar na correção da tabela. No
último dia 13, ao ser perguntado sobre assunto, em um encontro com os
jornalistas que fazem a cobertura diária do setor, o próprio ministro
Joaquim Levy, não sinalizou se haverá mudanças. “Em relação ao Imposto
de Renda, não sei o que dizer”, respondeu. O assunto voltou a ser
discutido com a Medida Provisória 656/2014, que prevê ajuste de 6,5%. O
projeto de conversão foi aprovado em dezembro passado pelo Senado e
aguarda sanção presidencial.
Em maio, uma outra medida provisória previa mudança na tabela a
partir do ano-calendário de 2015, colocando na faixa de isentos os
trabalhadores que recebem até R$ 1.868,22. Acima deste valor e até R$
2.799,86, por exemplo, a alíquota seria 7,5%, com a parcela a deduzir de
R$ 140,12.


Na análise do Sindifisco com o IPCA de 2014 em 6,41%, a defasagem da
tabela acumulada desde 1996 chega a 64,28%. Se utilizados o índice
oficial de inflação e reajustes salariais que ultrapassam os 8% muitos
contribuintes passaram a descontar IRPF ou mudam de faixa de alíquota,
pagando mais impostos.
O Sindifisco Nacional defende desde 2013 que a correção da tabela do
IR seja atrelada à evolução de renda do trabalhador mais a inflação.
Entraria no cálculo, por exemplo, o rendimento médio mensal das pessoas
com dez anos ou mais obtido pela Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad), por exemplo. Um projeto nesse sentido, informou o
Sindifisco, está em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça da
Câmara dos Deputados, como parte de uma campanha dos auditores fiscais.
Pelos cálculos do Sindifisco com base no projeto de lei, em dez anos o IRPF, seria corrigido para repor a defasagem desde 1996.
Do Site Agência Brasil
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