sábado, 31 de março de 2012

AGENTES DO FISCO DE TODO O PAÍS DISCUTEM PARTICIPAÇÃO POLÍTICA EM WORKSHOP




No último dia 29 de março, teve início, no Hotel Sonata de Iracema, em Fortaleza, o II Workshop de Participação Política do Fisco Estadual e Distrital, com o tema “Bom para o Fisco, melhor para o Brasil”. O evento é uma realização da Federação Nacional do Fisco (Fenafisco), em parceria com o Sintaf Ceará.
A mesa de abertura foi composta pelo presidente da Fenafisco, Manoel Isidro; pelo diretor de Organização do Sintaf, Francisco Ângelo de Araújo; pelo deputado federal Artur Bruno (PT/CE); pelo deputado federal João Dado (PDT/SP); pelo secretário do Desenvolvimento Agrário do Estado do Ceará, Nelson Martins (PT/CE); pelo deputado estadual J. Barreto (PR/MT); pelo diretor do Sintaf Ceará e vereador de Fortaleza, Jaime Cavalcante (PP/CE); e pelo coordenador da Comissão de Participação Política da Fenafisco, Nilson Fernandes.
O presidente da Fenafisco afirmou que ainda há uma grande dificuldade em inserir, nos debates, a questão da participação política, pois há um falso entendimento, endossado em boa parte pela grande imprensa, de que todos os políticos são desonestos, o que contribui para afastar as pessoas das atividades e do envolvimento político. Para Isidro, é importante que os agentes do Fisco se insiram cada vez mais nas instâncias de decisão e poder. “Precisamos ter representantes que realmente nos representem. Mas queremos entrar no jogo da política de forma segura, ética, tranquila”, asseverou.
Em seguida, o deputado federal Artur Bruno ressaltou a relevância da missão que os fazendários têm com a cidadania brasileira. O deputado citou Aristóteles – “o homem só é feliz se for político” – para exemplificar a necessidade do homem de se compreender enquanto ser político, que pratica cotidianamente a nobre arte da política. Para o deputado, além de exercer o direito ao voto, todos nós devemos acompanhar a contento os representantes que escolhemos nas instâncias legislativas e executivas. Acerca da importância da categoria do Fisco, Bruno afirmou que “sem os fazendários nenhum governo conseguiria viabilizar suas políticas públicas”.
O diretor de Organização do Sintaf Ceará, Ângelo de Araújo, iniciou sua fala ressaltando que quando “falamos em participação política, falamos em ocupar espaços que também pertencem ao Fisco”. Pois, segundo o diretor, o Estado só será forte se tiver um Fisco atuante e pujante. De acordo com Ângelo, é importante “sedimentar essas ideias para solidificar a participação política do Fisco”.
Para o deputado federal João Dado, “há uma política fabricada pelo capital internacional e nacional para abarcar a renda de toda a nação”. Portanto, é importante a vigilância de todos para impedir essa empreitada. De acordo com o deputado, a Fenafisco, ao incluir a discussão acerca da participação política, “está no caminho certo para termos voz e voto”.
O secretário Nelson Martins afirmou que a classe fazendária “é o coração, é o que sustenta o poder público”. Para ele, é nas Câmaras Municipais, nas Assembléias Legislativas e no Congresso Nacional onde se tomam as decisões que vão interferir de fato nas cidades, nos estados e no país. Desse modo, discutir participação política configura-se como algo de grande relevância. O secretário ainda enfatizou o trabalho do Sintaf Ceará, asseverando que o Sindicato é uma referência de luta, organização e diálogo consciente.
O deputado estadual J. Barreto, por sua vez, enfatizou que a participação política é “algo que temos de levar muito a sério”. O deputado fez questão de afirmar que participará ativamente de todo o Workshop, ouvindo os colegas e dando sua contribuição aos debates.
O vereador Jaime Cavalcante ressaltou a importância de haver representantes do Fisco nas instâncias de representação política. Segundo ele, que é também diretor do Sintaf Ceará, finalmente o sindicalismo do Fisco em todo o Brasil acordou para a necessidade de que a categoria deve se inserir nas lutas políticas, pois do contrário “os políticos decidirão por nós”.
Por fim, Nilson Fernandes falou sobre a responsabilidade dos agentes do Fisco estarem à frente de um projeto tão grandioso e que beneficiará “nossos filhos e netos, além do próprio país”. Para o coordenador da Comissão de Participação Política, é de extrema relevância que a categoria se interesse pela participação política. “É preciso dedicação, com boa dose de paixão, para que possamos fazer ainda muito pelo Brasil”, disse.
Filosofia e participação política
Na sequência da mesa de abertura, os participantes foram agraciados com a palestra dofilósofo Gustavo Pinto. O conferencista deu luz a um mosaico de construções filosóficas, fazendo uso de exemplos de personagens importantes da história da humanidade, como Santos Dumont e Confúcio, para enfatizar o mais importante: a necessidade de nos dedicarmos ao interesse público. Para o filósofo, esse é um “ensinamento imorredouro que devemos levar sempre conosco”.
De acordo com Pinto, é importante que sempre estejamos dispostos a ousar. Muitas das grandes invenções e descobertas do homem ao longo de sua história eram, antes de serem inventadas, tidas como impossíveis. “Mas, nós, seres humanos, fomos lá e fizemos. Então, parafraseando o poeta português Fernando Pessoa, ‘tudo vale a pena se a alma não é pequena’”, afirmou.
Para o palestrante, devemos sempre pensar no bem comum em detrimento de nossos desejos pessoais. Servir ao público e à comunidade é uma das maiores contribuições que podemos dar à humanidade. Por fim, Pinto agradeceu aos participantes do Workshop pela contribuição que cada um tem dado e ainda dará para um país sempre melhor.

Autoria: SINTAF-CE

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