57 anos do suicidio e 50 anos da Campanha da Legalidade
O mês de agosto reserva duas datas emblemáticas para a história brasileira. Na primeira, 24 de agosto de 1954, suicidou o presidente Getúlio Vargas. Sete anos mais tarde, em 25 de agosto de 1961, renunciava após 7 meses de governo o presidente Jânio Quadros. Aos dois acontecimentos seguiram-se grandes manifestações populares caracterizadas pelo discurso anti-imperialista materializada nos ataques da população a embaixada dos Estados Unidos e meios de comunicação ligados a defesa da política colonial.
A Carta Testamento de Getúlio Vargas é um documento endereçado ao povo brasileiro escrito por Getúlio Vargas horas antes de seu suicídio, em 24 de Agosto de 1954. A madrugada daquele dia foi uma das mais longas da historia do pais. As rádios (Nacional, Tupy, Globo) ficaram de plantão permanente. A Nacional era do governo. A Tupy de Chateaubriand e a Globo de Roberto Marinho tinham sido entregues a Lacerda, que não saia do microfone. Meia noite Vargas reuniu o ministério. De madrugada, Getulio recebeu o manifesto dos generais, levado por seu ministro da Guerra, Zenobio da Costa. Desistiu de resistir, concordou em assinar uma licença, deu a caneta a Tancredo Neves, foi deitar-se já ao amanhecer. Lacerda e Eduardo Gomes gritavam nas rádios: – “Licença coisa nenhuma. Ele não voltará”. Não voltou mesmo. Ficou para sempre.
Getúlio Vargas governou o País em dois períodos: de 1930 a 1945 e de 1951 a 24 de agosto de 1954, quando provocou suicídio. Durante sua presidência, era considerado por muitos brasileiros como “O Pai dos Pobres”. A obra maior da engenharia política getulista foi trazer as classes trabalhadoras para a agenda do Estado, politizar a “questão social”, tirá-la do espaço exclusivo da criminalização e das delegacias policiais. Mas, para implementar o projeto industrial, nacionalista e estatal, que veio a se desenvolver ao longo das décadas seguintes, Vargas precisava contar com o apoio dos trabalhadores urbanos. É aqui que reside o papel central de legislação social e trabalhista criada sob o governo Vargas, desde o início dos anos 30, até a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), de 1943 [...] Leia o artigo do Prof. Ricardo Antunes
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Comentário do colaborador Alcides Gimenes
Confira a cobertura do Jornal O POVO (fac-símile) na data de morte do ex-presidente Getúlio Vargas
Extraído do http://blogdoafr.com/2011/08/25/a-carta-de-getulio-vargas/
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