Operador da Máfia do ISS ostenta bens na web
Enquanto
responde em liberdade por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e
concussão (corrupção praticada por servidor público), o ex-auditor
fiscal Luís Alexandre Cardoso de Magalhães, apontado como o operador da
Máfia do Imposto sobre Serviços (ISS), continua levando uma vida de
ostentação, cercado de motos importadas, passeios de lanchas e jantares.
Pelo menos é o que ele compartilha em seu perfil no Facebook.
Em uma das fotos, a principal de sua página na rede social, Magalhães
aparece de sunga, com charuto na boca, óculos escuros e relógio
prateado, enquanto pilota uma lancha em um dia ensolarado. A foto foi
postada em 8 de janeiro, mas não há data de quando foi feita.
Em novembro, Magalhães revela que mantém seu gosto por motocicletas
de cilindradas potentes, apesar de seus bens estarem congelados por
ordem da Justiça. A imagem é de uma motocicleta BMW. A empresária Nágela
Coelho, mulher de Magalhães, comenta a foto: "Nervosaaaaa".
O fiscal ganhou destaque ao dizer, em entrevista ao Fantástico, da
Rede Globo, que tinha usado o dinheiro obtido com a máfia do ISS com
mulheres e viagens. Na época, seu patrimônio foi estimado em R$ 15
milhões.
Na rede, Magalhães "curte" uma página sobre cavalos, páginas de
imobiliárias e uma comunidade chamada "Beijinho no ombro pro Recalque".
Rombo
Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), Magalhães ajudou a
causar um rombo milionário nas contas da Prefeitura, ao cobrar propina
das grandes construtoras da cidade para facilitar a sonegação de ISS.
Ele recebia ordens do ex-subsecretário de Finanças de Gilberto Kassab
(PSD), Ronilson Bezerra Rodrigues.
Magalhães foi o primeiro fiscal
ligado ao esquema a ser solto, em outubro de 2013, ao confessar
participação nos delitos e concordar em assinar um acordo de delação
premiada.>Bens. O criminalista João Ramacioti, defensor de Magalhães,
argumenta que o barco e os demais bens mostrados nas redes sociais
estão indisponíveis. "Ele tem a posse do barco. Então, tem de cuidar,
limpar, pagar os impostos. Ele não pode vender, não está desfrutando
desses bens", afirma.
"É importante dizer que ele tem
outra renda, desde que foi demitido a bem do serviço público", diz o
criminalista. De fato, na rede, ele se apresenta como diretor executivo
da empresa NC Fit & Beach, registrada na junta comercial do Estado
no nome da mulher dele, com capital de R$ 1 e endereço na zona leste de
São Paulo. "Ele confessou e está respondendo por seus atos, não é
possível esperar que ele morra de fome", diz o advogado. (Bruno Ribeiro)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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