Em
matérias publicadas em diversos veículos de comunicação do Estado
tratando da legítima manifestação dos Policiais Civis em defesa da sua
dignidade contra o descaso do Governo do Acre, que não encaminhou à
Assembleia Legislativa as pautas consensuadas durante o processo
negocial que se iniciou ainda em 2012, o Secretário de Estado da Polícia
Civil – Emylson Farias – tem se manifestado alegando que tal
manifestação é desnecessária, que em nenhum momento o Governo do Estado
do Acre esteve insensível às reivindicações da categoria e que o Projeto
de Lei apresentado na ALEAC em novembro de 2013, trazia o Adicional de
Titulação acrescentando 20% nos salários e o residual do Risco de Vida
equiparando-o com o dos Coronéis PM’s, sob a nomenclatura de Atividade
Policial, no valor de R$ 152,28.
Todavia,
tais informações, como tem mostrado o Governo, estão distorcidas, o que
só tem gerado mais revolta à categoria, que acompanhou de perto todo o
processo de negociação, até mesmo quando o projeto foi encaminhado às
pressas para a ALEAC, não em novembro, mas exatamente no dia 16 de
dezembro de 2013, tendo entrado em pauta de votação no dia 17 e sido
votado no dia 18, dias em que os policiais se manifestaram e
constrangeram os Deputados, que mesmo sabendo que tal projeto não trazia
as demandas dos policiais, votaram-no e aprovaram-no sob o desprezo da
categoria, que viu aqueles que foram eleitos para defender os interesses
do povo aprovarem tão somente os interesses do Executivo.
Vale
salientar que o citado Projeto de Lei não apresentava o acordado com a
categoria, pois, por exemplo, o valor de R$152,28 da Atividade Policial
(diferença do Risco de Vida) fora acordado para ser pago como o foi para
a PM (parcelado e com retroativo a agosto de 2013) e não para março de
2014 e sem retroativo. O Adicional de Titulação é outro ponto que o
Secretário alega constar do Projeto de Lei encaminhado à Casa
Legislativa, mostrando o respeito e compromisso do Governo para com a
categoria, trazendo “significativa melhoria à remuneração dos
servidores”.
Infelizmente
outra inverdade. Mais uma vez ele não fala que o governo não encaminhou
este ponto no Projeto de Lei inicial (entregue a nós no dia da
votação), muito menos que a maioria dos policiais, mesmo os antigos, que
não possuem Graduação, já recebem tal Adicional que hoje beneficiaria
pouco mais de 40 policiais. Ressalte-se que a categoria já havia,
inclusive, ajuizado ação para assegurar o pagamento de tal direito, pois
o Estado – mesmo diante de vários acordos, dos quais resultou, sob
orientação da PGE, na edição do Decreto Governamental nº 4748/2012, que
não trouxe qualquer eficácia quanto a percepção do adicional para os
policiais – não efetivou esse direito.
A decisão
do Governo em agregar tais propostas ao referido projeto só foi tomada
após a manifestação dos Policiais, que pressionaram os Deputados para
sua retirada de pauta, e de forma completamente distorcida do que
acordado, trazendo para a categoria insignificante relevância, pois esta
também ensejava junto ao referido Projeto a Regulamentação do Nível
Superior, Aposentadoria Especial em Lei (trazendo segurança jurídica ao
policial que possui tempo para aposentar); Gratificação de Atividade
Pericial aos Papiloscopistas, além de outros pequenos ajustes na lei de
interesse da categoria e da gestão, que hoje lhes trazem problemas. Além
disso, o Reenquadramento dos Policiais Civis, sempre foi negado sob a
alegação de que se atendido teria que ser estendido à Educação o que
geraria grande impacto em folha e que o Governo não conseguiria
suportar. Mesmo assim, projeto tratando de reenquadramento para
servidores da Educação foi aprovado no dia 17 de dezembro e mais uma vez
os policiais foram enganados e deixados para traz pelo Governo do
Estado.
Por fim, o
Secretário de Polícia Civil e a Assessoria do Governo alegam que a
Regulamentação do Nível Superior fora encaminhado tão somente em
12.12.2013 à PGE, o que nos traz mais revolta ainda, pois tudo isso vem
sendo discutido desde 2012, quando o Governador modificou a Lei que
exigia Nível Superior para o ingresso na carreira, para que assim
pudesse realizar novo concurso de nível médio – postergando uma evolução
necessária à Instituição. Por que mandar tal projeto de regulamentação
para análise da PGE somente no final do ano de 2013, se tal tema fora
discutido amplamente, inclusive com a PGE em mesa, desrespeitando os
acordos com a categoria? Tudo isso só prova o Desrespeito do Governo do
Acre para com o Servidor Policial Civil e a categoria não aceitará mais
ser passada pra traz, nem ser subjugada em suas atribuições, cedendo a
uma administração que está destruindo os valores e o trabalho do
Policial Civil.
O
Sindicato possui todos os documentos protocolados com suas
reivindicações e os apresentará no momento em que for concedido o
direito de resposta por parte de toda a imprensa, seja televisiva,
impressa ou mesmo pela internet.
Do Sindicato dos Policiais Civis do Acre
www.ac24horas.com/2014/01/10/sinpol-apresenta-verdade-sobre-manifestacao-dos-policiais-civis/
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Use com moderação!
(Limite de 500 caracteres para publicação)