COVARDIA X HIPOCRISIA

Esse tal de qualhada me tirou do sério. O filho de uma mãe colocou uma dose de pimenta num tema que eu já quase tinha esquecido.

Vi contra argumentos postados sobre o que ele escreveu e fiquei a pensar como o sociológo Émile Durkheim.

Interessante como as pessoas das sociedades são afetas a participar de grupos de interesses. É mais ou menos assim. Quando se pertence a um grupo que compartilha um código de conduta, aceito por todos do grupo, isso vira o seu oráculo. Toda vez que alguém questiona assuntos que diz respeito ao que é defendido pelo grupo, então, consulta-se o oráculo.

A raça humana é por natureza hipócrita, pois todo o seu processo de evolução trilhou pela justaposição entre os oprimidos e os opressores.

No fisco, vez ou outra presenciamos os interesses serem colocados em questionamentos.

Nos últimos dias, tenho assistido verdadeiras e efusivas cenas de VAIDADES E HIPOCRISIAS que, de forma patente, corroboram para as palavras do sociólogo.

Humanos, eventualmente despreparados, comandando os destinos de um setor vital da vida dos cidadãos.

Estou absolutamente convicto de que é preciso mudanças profundas no comando das ações do Fisco. Estamos todos estupefados e inseguros com tanto amadorismo. É urgente e necessário profissionalizar. Infelizmente, aqueles que deveriam nos conduzir a esse status, não reunem as condições filosóficas, ideológicas, dentre outras exigíveis.

Não é possível que estejamos inertes, quase que embalsamados, diante dos fatos.

É inexorável que haja uma reação. Infelizmente é desveramente subjacente que haja uma ruptura dos processos atuais. Em todos os níveis.

Como conviver com essas singulares situações:

a) Agente do fisco que só trabalha (ops! Comparece) quando bem entende. Pior, com conivência absoluta de suas lideranças. Pergunto-lhes, por que o senhor Hernandes não trabalha? Por que mentiram em dizer que estava exonerado? Há muitos porquÊs a serem respondidos. Mas há quem prefira, e são muitos, que não devemos expor essas coisas, porque se não os fieis escudeiros QUERIDINHOS vão ficar chateados. Imagina, ele é tão bom. Enquanto isso, "outros do fisco" têm que se desdobrarem para dar conta das obrigações.

Pergunta que não quer calar: a quem interessa esse estado de coisas? Certamente que aos cidadãos, que pagam tributos, não lhes interessa. É hora dos sindicatos e associação exigirem as lotações desses servidores agraciados com essas benesses do poder.

b) Por que os processos da RB e RECOL não andam. A quem interessa isso?

c) Por que só alguns iluminados são colocados no pica pau?

d) Por que as equipes de auditoria não são reforçadas?

e) Por que, por que do porquês?

Na verdade sabemos as respostas. Mas, os que gostam de se lambusarem com as gratificações fazem vistas grossas para tudo isso. Vejam a participação nos movimentos. Observem os comportamentos. Poucos são aqueles que se expõem na busca de dias melhores.

Vejam meus amigos, colegas e simpatizantes a insurreição do Auditores Independentes há de ocorrer. Independentes, porque não concordam com os demandos rotineiros. Também, por que não avalizam ações inescrupulosas, se não improbas. Mas, nós iremos questionar todas essas coisas na esfera adequada. Não me venham com esse argumento de que devemos sair do anonimato, mostrar a cara, pois é muito cômodo querer o escalpo dos desafetos quando vivemos um período de neo-ditadura.

Vamos ouvir muito "as pessoas" querendo vincular esse blog. É o desespero dos que não tem coragem de liderar as lutas que melhorem as condições da categoria. São aqueles que sempre se colocaram à margem e a disposição do poder dominante. Os fura greves, os leva e trás, os arquitetos do oráculo, do toma lá da cá, dos que gostam de um favorzinho, de uma regalia, de umas diárias para passear em Tarauacá, Brasileia, Sena Madureira, etc.

É esse o estado de coisas que defendemos manter? Foi para isso que estudamos?
Cadê os verdadeiros homens de quem fala o Senador Cristovão e Pedro Simon?

Covardes são aqueles que se aproveitam das situações, em detrimento dos cidadãos.

Oxalá, vivenciaremos situações melhores quando verdadeiramente assumirmos o papel que nos foi dado pela constituição e principalmente quando tivermos coragem de enfrentar os "problemas" que nos desafiam todos os dias. É sonho imaginar que as mudanças ocorrerão naturalmente. O casulo precisa ser rompido e, necessariamente será essencial que coloquemos as mãos nas "ARMAS".